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:)

testando.

Isso tem de dar certo. Tranco-me no quarto fugindo da minha imensidão. Quero dormir e esquecer desejos maiores. Estou sozinho, nunca estou sozinho, eu nunca consigo ficar três minutos sozinhos. Três minutos sem pensar em alguma pessoa, algum amor. Agora estou apaixonado por ela. Ela esta há centenas de quilômetros daqui. Preciso fingir que suporto isso, porque a quero. Neste exato momento meu desejo era sair, beber e encontrar outras pessoas, alguém que preencha a falta que respirar me faz. Escrevi pra lembrar de como é estar por ai, entre seus peitos, entre suas pernas. Mas já não é o bastante, sou metade vítima, metade carrasco e não me importo.

Hoje eu li Bukowsky e pensei em você: todas as mulheres que me apaixono são loucas.

Hoje eu quero colo, quero sangue, quero bocas no meu corpo, eu não passo de um abusado tarado que se esconde atrás da cortina – Luz, por favor. Escrever sobre amor já não me preenche e tenho pena de quem assim se sente feliz, falando sobre amor e se sentindo o melhor de todos com meia dúzia de moedas no bolso. Quero um pouco de cola. Quero um pouco de soda. Quero um pouco de abraços e entranhas abertas no meu quarto. Mas que coisa toda é essa que não em sacia? saber que voce esta ai em algum lugar sorrindo e pensando em mim. Não consigo, não acredito, prove.

Acho que é a idade. Não tenho mais idade para amores bonitos e ideológicos, livre de qualquer pressão ocasião, só amor. Estou a dois dias esperando pela sua carta, aquela que não chega há dois dias. Há dois dias, são as únicas palavras que espero que surtam efeito, me acalme e me façam sentar num sofá, numa noite de sábado e dizer, “porra é um palavrão que eu gosto”. Merda, não penso em coisas boas, eu penso em sair e saciar meu sangue, pra te jogar na cara “viu só, não me deixe nem por um segundo” , sei la, amarre-me na sua cama, deixe-me apenas água e eu comerei você. Mas não em deixe só. não me deixe só. não me deixe.