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Um dia a namorada perguntou se eu não tinha receio ou medo de gravar canções já famosas e ser processado. Respondi que isso poderia acontecer algum dia, mas também seria um atestado de burrice do artista incapaz de diferenciar uma homenagem de um plagio ou um roubo. Claro que quando envolve dinheiro, todo mundo é um macaco com um revolver, um clássico, né. Chegamos na conclusão que se um dia eu for processado, será por um champs, ou alguém que eu nunca imaginaria, alguem que sempre esteve por aqui. Eu adoro aquela parábola da mulher que acha a cobra no gelo, salva a cobra e ela a morde, quando a mulher pergunta “porque você mordeu?”, a cobra diz “sou uma cobra, eu mordo”. Penso que o meio artístico é meio assim, todo mundo é meio mulher mordida, meio cobra no gelo. Se todos os personagens das minhas canções soubessem que são definitivamente eles ali e facilmente identificaveis, descritos quase que fielmente em momentos rancorosos, frustrações e total falta de senso para com a vida, provavelmente ficariam putos. Arte é isso: captar o momento exato em que a merda chegou ao lado de fora da fralda e então agimos como criança.