Beat The Devil's Tattoo
Vazou o novo do Black Rebel Motorcicle Club.
Toda vez que sai um disco deles, eu penso na música pop dos meus sonhos. Foi por causa do Howl - disco quase acústico deles - que eu comecei insistir na gravação limpa, sem filtros e coisas do tipo. O BRMC gravou Howl como eu queria gravar todos os discos, numa volta aos primórdios da canção – aquela época em que a bateria era simples, a guitarra era limpa ou podre. Não é segredo pra ninguém que eles são adeptos de um “miguel” que os artistas tem horror: o habito de colocar distorção em violões e utilizar os médios das equalizações. O problema é que eles ousaram em Howl e depois voltaram ao Garage x blues que tornou a banda famosinha. Esse novo é meio Howl, meio qualquer outro disco deles que não o howl. Não, não é ruim, é muito bom, mas não me vira a cabeça como Howl e outros discos, como o album do Delta Spirit - que de novo não tinha nada, mas havia muita imaginação.
Eu suporto por algum tempo a falta de imaginação das pessoas, apenas por um tempo. Isso e a incrível falta de know-how na hora de se re-inventar na dificuldade. As pessoas adoram uma muleta, mais ainda, adoram dar com a muleta na cabeça dos outros enquanto perdem otimas oportunidades de aprender algo novo, se reciclar. Ouça o novo do BRMC, é legal, mas não perca uma oportunidade de se re-inventar, experimentar, etc. Você vai se sentir melhor, juro.