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Um coração de plástico, por favor?

Ou a fina arte de parar o tic-tac.

Estou por ai e é isso, finjo certeza e as coisas passam. A ansiedade não me deixa sarar de um simples resfriado, desde então, Leonard Cohen abandonou seu espaçoso apartamento duplex no centro de Nova Yorque para se instalar na minha garganta e isso já têm duas semanas. Odeio esperas, não tanto quanto filas de espera, mas ligações esperadas – aquelas que parecem decidir o futuro dos próximos capitulos.

Meu coração – aquele que sofre de véspera e foge de verdades – parece não acreditar que as coisas estão dando certo. Parece que a qualquer momento alguém vai abrir a porta e gritar “rá, pegadinha do malandro!” e voltarei à fossa sentimental também conhecida como a única região segura desta vida. Não deixo de pensar que o número de coisas “dando certo” é para compensar um possível baque que virá a seguir - vide "a seguir cenas dos próximos capítulos". Eu sei, não sou o galã do filme, nem o mocinho, nem o bandido, nem o herói que morre para salvar a cidade. Eu sou aquele personagem que tem em toda a historia, aquele amigo que é sacrificado para que o galã/heroi se enfureça e resolva tomar as rédeas da sua vida, vencer o inimigo, etc. Por isso, eu entro em cena sabendo que uma hora irei morrer e mesmo que este seja um dos pontos altos da historia, fodasse ela, eu irei morrer.