01 Venha comigo e faça abrigo neste bolso, entre e coma as migalhas que eu guardei.
02 Bem no fundo eu sei o que não posso ser, simples como não ser por quem seus olhos fecham.
03 Eu pareço ser ingrato quando fujo dos teus braços, mas entenda: eu sou assim.
04 Do outro lado ela grita “que diabos você se transformou?” e eu digo “uma piada, meu amor, em algum lugar eu sei que eu sou, mas ainda sou eu aqui”.
05 E nessa escuridão de olhos q se fecham, eu volto a te encontrar, “tudo bem?”.
06 Fico falando sozinho, dizendo coisas que eu nem sinto, imaginando alguém vindo na minha direção, esse sou eu e a escuridão.
07 Mas quando você chegar, eu sou aquele ali com as mãos sobre os olhos tentando se divertir.
08 Você me queima e eu te beijo, você me mata e eu te amo, pois é o que faço de melhor.
09 As velas se apagam tão rapidamente, tão rápido quanto eu me perco novamente, no escuro, eu sempre acabo assim.
10 Como contar quantos copos eu posso agüentar até cair e desdizer todas as mentiras, todas as coisas que eu dizia pra você.
11 Não me pergunte eu não sei, eu mato o amor de alguém todo santo dia e se eu continuo de pé, a culpa não é só minha.
12 Por favor, deixe me descer na mesma estação que ela escolher.
13 Me diz o que eu deixei passar pra você pensar errado de mim, pra querer desistir.
14 Por favor, uma desgraça pra nós dois, vou brindar.