Revisitando Chris Isaak

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Muita gente torce o nariz para Chris Isaak – famoso por Wicked Game – um clássico dos motéis deste planeta – e acabam por colocá-lo na vala dos cantores - qualquer nome - que lançam o mesmo disco ano após ano (gente como Bryan Adams e John Cougar Mellacamp). Isaak sofre do mal de seu ídolo – Roy Orbison, mas ao avesso: enquanto Orbison era feio demais para os padrões “Elvis” de estrelas pop, Isaak fazia sucesso com a mulherada, seus clipes eram (ainda são) cheios de garotas voluptuosas e isso impedia que as pessoas vissem o quanto talentoso ele era.

Hoje, passado quase 20 anos desde que Heart Shaped World (o disco que tem Wicked Game) foi lançado, é possível analisar sem preconceito toda a carreira do homem e, pelo menos quatro discos do homem não fariam feio na discografia de ninguém. Em especial Forever Blue, disco de 1995 que abre com a safadeza de Baby did a bad bad thing (recomendo que veja o clipe ali em baixo até o fim, é muito bom) e tem a maravilhosa somebody’s crying na sequência. Forever Blue é um dos discos precursores do alt-country lá pelos lados da Califórnia e o trabalho mais próximo do que foi o rock nos anos 90 - ainda que movido à doses cavalares de sol, praia, rockabilly e mulheres que não se pode ter.

Mas se você não conhece mais nada alem do “ninguém ama ninguém” de Wicked Game, comece por uma coletânea.

The best of Chris Isaak (2006)

http://rapidshare.com/files/74302456/citboci.rar

(senha: p2pmp3world)

Baby did a bad bad thing


somebody’s crying