Tão novo à ponto de saber de tudo,
tão triste como só os jovens podem ser.
O velho que ostenta na barba
o peso de tudo que a felicidade exige de quem
sobrevive sem a culpa de não conseguir se apaixonar
nem desejar um bom dia à quem se quer bem
Tão solidário com quem reparte o seu horror
até torna-lo invisivel ao bom moço
e mera parte do reboco que cobre o mundo
onde hoje dorme um homem morto
que morreu pra te livrar da dor maior
e do esforço que é ter de sorrir
o tempo todo.
Quem sobrevive com a culpa de não conseguir se apaixonar,
nem desejar um bom dia a quem se quer bem?
Há quem consiga.
Há quem consiga.