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A vida secreta das referências




“A vida secreta das referências” ou “o pequeno disco das piadas internas” foi escrito e lançado em formato de pequenos singles virtuais entre agosto de 2011 e maio de 2012. o disco pode ser ouvido de duas formas: um disco com começo, meio e fim ou como uma coletânea de singles lado A e B. Apesar de não ser uma estratégia, lançar singles e discos cheios tem sido uma terapia divertida pois me deixa livre para tentar coisas novas, estragar músicas antigas, brincar com as capas e homenagear artistas que admiro.

Todas as canções foram gravadas no Ap 405 utilizando o método de gravação “se ficar uma merda, diga que é conceito”, mas com microfones decentes.

 No soundcloud estão disponíveis os B-sides dos singles lançados em 2011 e 2012 e que, de alguma forma, se relacionam diretamente com o titulo e completam a história do álbum, seis versões e duas canções desprezadas totalizando 18 canções gravadas.

Este álbum não tem fins comerciais, eu acho.



"A vida secreta das referências"

01 quase lá, mas ainda aqui.
02 melô do crime passional
03 enquanto a noite puder fingir um sorriso
04 fliperama
05 idem
06 tão distante
07 roberto-erasmo
08 desligue o rádio
09 cão guia
10 luzes do salão

 no soudcloud -

"Hits again (os bons tempos voltaram)" disponível apenas no soundcloud

01 pela longa estrada da vida (milionario e josé rico?)
02 reservations (wilco)
03 aquela do Bonjovi (bonjovi)
04 itmushavebeenluv (roxette)
05 A vida secreta das referências
06 ando só (engenheiros do hawaii)
07 menino da porteira (sergio reis?)
08 blues da salvação (rufatto)






texto explicativo

A ideia central de “a vida secreta das referências” surgiu depois de uma visita de fim de ano à coronel vivida, interior do Paraná, onde reside quase todo mundo da minha família. Durante anos precisei fugir de lá para me encontrar, me achar em algum lugar, algo meu. Eu acreditava numa teoria furada - porem divertida, que em algum momento da vida, é preciso negar coisas para continuar seguindo.
Ai um belo dia você voltava pra casa com chocolate e flores, fazia as pazes, tinha uma boa noite de sono e uma bela historia pra contar - afinal, é o que os filmes e as canções nos ensinam.
De 2007 para cá, eu tenho tentado manter os olhos na estrada e me ater ao que realmente importa. Tinha uma banda, a Hotel Avenida e ela acabou de maneira tensa no meio de 2011, havia um disco inteiro pronto para ser gravado e que ainda me assombra quando penso na qualidade das músicas escritas por aquela banda e que ficaram para trás. Eu não tinha como competir musicalmente com aquele tipo de música, mas também não queria baixar a bola, gravar em silêncio como esse monte de gente que leva 2, 3 anos pra escrever um disco. A saída era brincar com os cover, regravar Roxette, Bonjovi, Sergio Reis ou Engenheiros pra tirar o foco das minhas canções enquanto seguia pra frente até chegar a hora de cuspir 10 canções em forma de uma historinha com começo meio e fim.

“A vida secreta das referências” é sobre estes últimos anos, feito de coisas que ficaram pelo caminho e - sobre tudo - feito de lembranças, das idas e vindas da minha família. Enfim, é um disco metade ruptura, metade reconciliação. Imagino que as pessoas ouvirão as 18 canções (entre canções oficiais, sobras e covers) como uma expressão artística do cara da fotografia, mas eu ouço a história das pessoas ao meu redor, ouço a voz do meu avô. Por isso a capa é esse monte de Polaroids de pessoas próximas e artistas que eu me considero fã. Eu penso que as pessoas nas fotografias me trouxeram até aqui e ainda há muitas outras referências a pessoas que, se não estão nas fotos (a privacidade e o direito autoral me impedem), há uma frase dedicada a cada uma delas – incluindo o gato.