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Meu medo de apresentações acústicas

Vou fazer uma apresentaçãozinha no dia 02 de dezembro, no Realejo bar, aqui em Curitiba. Há muito não me apresento ao vivo, desde que a Hotel Avenida acabou ali no fatídico mês de maio, me concentrei em lapidar meu som, deixa-lo mais autoral, palatável e porque não, popular - dentro do possível. Mentira, eu ando me pelando de medo de palcos. Meu consolo é que vi um documentário sobre o gênio Harry Nilsson e os músicos que o acompanhavam contam que ele nunca gostou de se apresentar, ele morria de medo mesmo, ai me identifiquei, né. No meu caso, eu tenho muito medo de travar, de que meu lado esquerdo resolva dar pra trás no ultimo segundo. Já contei aqui que quando tinha uns dois anos, um choque matou uns neurônios do lado esquerdo do meu cérebro, dizem que ele se reconstruiu e viraram dois lados direitos. Então, eu ganhei superpoderes e uma mão direita bichada – que costuma me dar trabalho.
Nunca gostei de me apresentar sozinho, pois os arranjos mudavam ou sumiam, mas como nos últimos dois anos, as musicas ficaram centradas nos violões, até que fica fácil puxar o violão e tocar. O problema maior do violão é a cultura do “banquinho e violão”, essa gente que sustenta sobre suas próprias pernas 5 décadas de tra-la-las nos bares do mundo. Ai, eu tento compensar tocando kazoo, gaita, levando a viola, guitarra, etc, quase um acústico MTV. Mas ainda tem o fator encontro casual, aquele pessoal do happy hour que não te conhece, que foi ali pra tomar uma cerveja e não sabe quem é voce ou porque que você está fazendo ali com um violão e um punhado de canções. E sempre tem aquele ali que vê um cara de oculos, barba e violão = toca um legião. Enfim, morro de medo de acusticos desde que a lúmen certa vez me chamou pra tocar numa parada autoral no Shopping Curitiba, traumatizou mesmo. Mas o flyer está aqui em baixo.


*update: Toda vez que penso sobre acústicos, lembro do elliott smith tocando violãozinho e errando letra de musica no oscar (com um terno picaretasso). Também lembro da Letícia – minha irmã por parte de vida, que ficava tensa antes das minhas apresentações por causa da grande possibilidade de ser uma grande bosta. Fazer o que, tem gente que me conhece.