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Então, nesse fim de semana teremos o 1º show da Letuce em Curitiba. Foi durante a gravação de um lovecast que Túlio colocou pra tocar “que se chama amor” versão do clássico do Só pra Contrariar. Corri atrás do Ep “couves” e consequentemente do álbum “oficial” da banda. Mas nenhuma canção bateu mais em mim que “Poderosa” - versão do Raça Negra - ou banda Brasil, dependendo da sua memória. É justamente a memória, aquela afetiva e querida que faz o trabalho da Letuce (votei no “Couves” na lista dos melhores do ano do Scream&Yell) ser tão bom aos ouvidos e a vida de quem realmente gosta de musica pop.

A memória, velha companheira de quarto, é ela que se encarrega de colocar no mesmo balaio mental, coisas como o “use your ilusion” do Guns’n Roses, Coletâneas do Leandro & Leonardo, os piores discos do Queen e os melhores do Bon Jovi. Essas coisas que são cantadas aos berros em karaoques e em festas temáticas de décadas passadas, podem ser um nicho de mercado inesgotável - quando executado de maneira inusitada em lugares inusitados. É o caso da Letuce, foi o caso do Bonde do Rolê, da redescoberta do Odair José e Sidney Magal e - numa instancia bem menor, meus covers de Roberta Miranda e Leandro e Leonardo.

Há um tratado social entre a vida e a gente dizendo que a auto-afirmação consiste em negar o caminho que o fez chegar até o exato momento de voltar atrás. Então, você tem o direito de negar as coisas até aceitar o fato que eram elas que fizeram o que você é hoje e inútil mentir. Dizem que o nome disso é “raiz”, mas eu não sei, apenas acho que para seguir em frente, é preciso fazer as pazes com essas coisas, sem culpa ou vergonha. Porque o tempo continuará passando e deve ser muito triste se transformar em uma dessas pessoas freqüentadoras de bailinhos que emulam épocas em que sua turma era a mais bonita, a mais jovens, a mais legal, enfim, eram os bambambams.


Serviço:



Letuce (Grito Rock Curitiba)
25/03 (sexta)
Atacama Bar (jaime Reis, 287)
Entrada: 10 mandolates.