Existe uma política de expectativas que rege o mundo dos ansiosos e diz para não levarmos tudo ao pé da letra, ou a sério, ou simplesmente para não deixarmos o coração vir antes da razão (ponto) é claro que eu obviamente atropelo as palavras e provoco minha pseudo-gagueira a ponto de que ela não me deixe falar e então, falam por mim, imaginam, sonham, planejam (ponto) e eu? eu apenas me sento, tomo meu café e espero que o bom Deus – aquele que dizem, luta ferrozmente contra o diabo pela minha alma - tenha um bom plano ou pelo menos uma boa rota de fuga planejada para quando tudo der errado – e sempre dá errado porque o certo (ponto) não sabemos o que é, não conheço, ninguém viu(ponto) Ela, sempre há uma “she”, sempre há esperança de ouvirmos de novo o som do coração ou pelo menos na voz do cover feito por Elvis Costelo para a trilha de um bom filme porem subestimado pelo açúcar e pela atuação do ator que faz sempre ele mesmo em todos os filmes (ponto) mas quem realmente se importa quando temos um monte de expectativas sobre o nada? (nothing hill) Palavras, palavras, porcarias – ela riu e eu pude imaginar como seria o riso, afinal eu conheço a sua voz – não dela, mas da televisão do filme em que ela aparece dublando (ponto) Mas do que estávamos mesmo falando? Ah sim que alguém disse em algum lugar que se o flerte fosse um esporte olímpico, o Brasil seria ouro – sempre – e eu, claro que concordei (ponto)
*pra quem será que eu escrevi isso?
