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um ano.

Ontem, 26 de fevereiro, a Hotel Avenida fez um ano de vida. Ok, ela na verdade começou em janeiro com ensaios, mas o primeiro show foi dia 26, então façamos de conta que foi ali que começou. Passado um ano, o Single “Eu não sou um bom lugar” já ultrapassou os 1500 downloads, o EP gravado ao vivo e lançado em outubro já está quase virando os 600 downloads e ainda teve o Bootleg do Rock de inverno, umas 300 vezes baixado e que em breve, sairá como DVD.
Esses números, relativamente grande para uma banda novinha, refletem no trabalho anterior e paralelamente que todos os integrantes tem. Desde a minha dezena de discos lançado nos últimos dois anos, a carreira de dez anos do OAEOZ e as bandas dos outros integrantes já tiveram, é muita coisa lançada e dando aval a essa banda. Houve um esforço meu e do Ivan para que essa “coisa” funcionasse. Se não fazemos muitos shows, “não agimos no campo de combate”, agimos por trás das trincheiras, bolando métodos de divulgação e porque não, de persuasão. Quando lançamos o primeiro single, a idéia simples de lançar um trabalho por vários blogs não era novidade, mesmo assim, muita gente achou ousada, mas não era novidade, o Cérebro Eletrônico havia feito a mesma coisa com uma versão diferente do disco “pareço moderno”. A diferença é que fizemos o tema de casa, juntamos os amigos, gente que tem um publico e forma opinião, mesmo em um blog pessoal ou um site como o Scream Yell e tentamos lançar alguma coisa a cada 3 meses. Uma divulgação chama a outra, etc.
Em 2010, não sei o que será da banda, para onde ela vai, musicalmente. Das pessoas que tocaram na Hotel, alguns voltaram a se dedicar a seus trabalhos pessoais, outros escolheram se dedicar a família ou foram morar em outra cidade. Eu e Ivan continuamos, voltamos a ensaiar timidamente na casa dele com o Edu nos ajudando na parte da percussão. Eu sei que vamos continuar, não porque insistimos ou somos teimosos, mas porque temos um bom par de canções que achamos interessantes de gravar.
Eu queria mudar as coisas, já que estamos sem guitarrista, substituir por sopros, por instrumentos acústicos, mas está difícil encontrar músicos que tenham o perfil que cole na proposta, alguns convites já foram feitos, mesmo que sejam apenas participações. Ontem, voltei a ouvir o EP que gravei com o Ivan em 2008 e que de certa forma iniciou a parceria que viraria a Hotel, etc e fiquei com saudade. Bandas acabam por formatar a coisa. “bateria, baixo, guitarra, violão” e as vezes não é nada disso que uma canção precisa. Neste EP, canções como "vazio", "deserto" e "noturna" não tem arranjos óbvios e é isso que me faz a cabeça. “eu não sou um bom lugar” era uma tentativa de fazer "Soul de branco", acho que deu certo. O mesmo para as canções do EP, “um centavo”, “só o amor pode partir seus joelhos”. Bem, isso era 2009, 2010 não quero repetir formulas, até porque se todas as canções são um amontoado de “sol, ré, dó”, os arranjos precisam de outras coisas que vão alem de tecladinhos, violões, bateria e guitarra. Ao meu ver, a musica não cabe mais nisso.