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Al Green, a Chuva e eu.

Mesmo se você não estiver apaixonado, fica a dica: chuva fica muito mais bonita ao som de Al Green. Melodramas a parte, meu blog está quase morto. Só vive para esses discos ali no canto - já que volta e meia alguém insiste em baixa-los. Está quase morto porque o que o alimentava era a “Silvia Plath síndrome” – aquela que só fez coisas relevantes enquanto era desprezada ao mesmo tempo. O que movimenta a literatura dos torturados é a falta: a falta de amor, a falta de dinheiro, a falta de companhia, a falta de uma bebida, a falta. A falta desmascara qualquer frequencia de talento e o que fica é apenas o homem médio, temente a Deus e as prestações. Boa parte do que eu escrevo é meio novela das sete, é frustração de elenco de segunda, é classe média que sonha em ganhar na loteria e descansar em um lugar que foi moda nos anos 80. É o amor, é o trabalho, são planos a médio prazo, são os 26 comprimidos que faltam para eu a encontrá-la. E neste universo paralelo - livre de nevascas e temporais que varrem cidades inteiras, eu não precisaria de mais nada.