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o dia mais frio do ano.

A cidade serra os dentes enquanto ela dorme / O dinheiro acaba, as pessoas somem e o que resta é você e um monte de palavras para queimar / e espantar o inverno / nenhuma chance de dar certo / Bons tempos em que a “falta” resumia-se a amor nenhum - hoje ausência não é mais que um resfriado, uma chateação, um mal comum / Bem, o cara ali já foi legal, já foi esperto, mas isso foi há tanto tempo atrás – hoje é apenas alguém mais velho do que deveria tentando gostar de coisas que não foram feitas para ele e desviar os olhos de quem o estrangula / Eu perco o fôlego, eu esqueço que deixei a vela acesa pra ver se Deus faz sua parte - eu não faço - ele não faz / mesmo assim eu caminho por ai, me ajoelho e rezo: “mais uma round” - ele diz e a sua fé não é forte o bastante para mudar alguma coisa e eu digo "Ok", mas isso não significa que eu não presto, significa apenas que eu presto pouco pra você / Ainda tenho seu telefone guardado no bolso e me pergunto - para que? Resposta: Para lembrar enquanto o mundo lá fora se desfaz / se desfaz / Não me importo, não me importo, que acabe logo de uma vez / e acabou / quando ela perguntou se eu queria ser seu amigo, respondi “é claro que não” e esse “não” não mudou nada / bem, não foi a ultima vez que desejei voltar ao dia em que cheguei aqui e ela me esperava com um bolo e um sorriso / Não deu certo nem uma, nem duas ou nem da terceira vez, não deu - oquei, meu bem, esquece / O que me resta é continuar tentando simular o acaso / e o seu abraço e jurar de pés juntos nunca mais compartilhar do mesmo chão que você / nunca mais, nunca mais compartilhar do mesmo chão que você.