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Fraude.



Era sempre assim. Todo o processo consistia em sentar sozinho nos pés da cama, segurar o violão e mover o calcanhar na batida certa - 120bpm’s. O resto vinha em poucos minutos. Cético sobre os N motivos que o faziam escrever canções, mulheres, um dia ruim, a chuva, o desemprego, a preguiça, a novela das sete. Ou isso ou a simples vontade de cuspir pra fora qualquer bobagem engolida na noitada de ontem. Quase sempre ria de seus próprios refrões, de seus graves de seus falsetes – “ridículo” pensava, mas pouco importava. Anos e anos ouvindo pop criaram uma espécie de verniz, na cara de pau necessária para emular algum estilo, algum dom, mesmo q não fosse, ainda assim gostaria de pensar que sim. Duas, três, as vezes quatro notas e não mais, pois segundo Lou mais de quatro notas só era permitido ao Jazz.