Se existe um cara que deveria ter sua carreira musical reconhecida no estado Paraná, este cara é Rodrigo Castellani – vocalista e guitarrista da banda Radiophonics.
Ouço falar deste rapaz e de suas bandas desde que tinha 15 anos e estudava no Cefet de Pato Branco – no sudoeste do estado. Digão - alem de ser um ótimo compositor, é o melhor cantor que eu já vi cantando rocks em português, faz parecer fácil o ato de subir e descer oitavas da voz. Na época, enquanto estava por ai brincando de carrinho, o rapaz já estava gravando seus primeiros trabalhos com a Camonha – uma banda grunge bem nos moldes de Soundgarden e Pearl Jam. O Camonha sobreviveu até meados de 2000, gravou algumas demos (e participou da mesma coletânea “poprock mania” que a minha banda da época – a Julian Trip) e um cover de Fuscão Preto – um clássico do nosso cancioneiro popular.
Escudado por seu irmão Rafael Castellani, em meados de
Atribuo grande parte do ostracismo e do desconhecimento da existência de música pop feita nesta região ao deslumbramento e a total falta de know-how dos próprios músicos para com as manhas do entretenimento. Caras como Otavio Keulbeck (que também fez parte da Supersonique) que, em seus shows se apresenta para centenas de pessoas, é sucesso regional - dentro de um raio de mais ou menos 200km - mas ninguém no ramo da música pop fora informado de sua existência até hoje. É como se houvesse uma barreira invisível que impedisse os músicos e suas canções de cruzarem o estado. Com o Supersonique o processo foi o mesmo, ótimos músicos com ótimas musicas, mas que falhavam na etapa seguinte – a da divulgação e, isso nos leva à Radiophonics, banda que Digão montou após o fim da Supersonique.
A banda acaba de lançar uma bela canção no Myspace - Mosaico que provavelmente será um sucesso na região sudoeste, mas e fora dela?
(...)