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nas profundezas do coração e do copo.

Fulano de tal, um cantorzinho mulherengo (que aos vinte e seis anos de idade não consegue ao menos pagar o aluguel sem ajuda dos pais, mas essa parte ninguém precisa saber) que se orgulha de ter uma canção para cada dia do ano e para cada mulher de sua vida. Eis um cara daqueles que se diverte deixando mulheres apaixonadas por ai ou alimentando paixões impossíveis só para ter sobre o que cantar e reclamar da vida. Vive lendo um monte de escritores que mal consegue pronunciar os nomes direito e diz que isso não importa porque quem cita nomes são enciclopédias e não pessoas. Odeia hippies, adora hypes, embora goste de Caio Fernando Abreu, um escritor incrível morando dentro de um hippie sujo. Ele também escreve sobre quase tudo que existe de supérfluo e irrelevante. É claro, deve ter uns três livros guardados em seu computador, textos ruins e tão obsoletos quanto o uso da palavra obsoleto num texto. Acha que as pessoas se importam com o que ele produz, se acha relevante e tal, mas tudo se passa ali em sua cabeça e dentro dela é fácil acreditar que estamos falando de um homem incrível. Usa seu nome composto, mas quase nunca o chamam assim. Sua mãe foi esperta quando separou seu nome em duas palavras, três com o sobrenome, e sem querer criou uma manha para que o filho possa parecer mais interessante, quando na verdade é só um cara com um nome legal fazendo pose com um copo meio cheio nas mãos. Todo mundo o vê, mas ninguém arrisca contato imediato. É claro, como todo homem de Deus, se encarrega de alimentar suas próprias lendas pessoais, uma para cada ano de sua vida pelo menos, todas incrivelmente confirmada por sua maior fã, a mãe. Enfim, você passaria uma noite incrível com ele, talvez um mês, mas duvido que consiga agüentar um ano.

(edição perdida)