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Não esqueça o romance.

Parecia fácil amar uma pessoa linda, com ombros gostosos, lábios grossos e um monte de manias maluca. Há é claro, uma porção de livros e um corpo de dar inveja a todas as outras namoradas que já havia tido. Estou me prendendo a detalhes que você ou qualquer um que olhe para ela veja sem muito esforço. Mas, enfim aprendi que relações independem do quanto amor existe na sua casa. Os estágios evolutivos sociais são assustadores para um menino cuja palavra “amor” era significado de tudo que ele queria, amor. E era tão simples amar pessoas há dez anos atrás, elas não tinham problemas pessoais, pelo menos não as que me atraiam, a maioria das meninas que conhecia gastavam mais energia falando de como era infeliz por coisas que hoje dificilmente a roubaria um ou dois suspiros do seu peito, mas em 1997, nossa, era tudo tão triste.

Quando morava numa cidadezinha no interior, com menos de quinze mil habitantes sonhava com o tipo de relacionamento que vivo hoje. Lá onde nasci e vivi por vinte e poucos longos anos, provavelmente um terço dessas quinze mil pessoas me conhecera deste a infância e as chances de encontrar uma paixão no mínimo palatável eram de uma pessoa a cada cinco mil, ou seja, três ou quatro habitantes. Pense nisso em 10 anos, mais ou menos o tempo que a gente desenvolve o amor pelo sexo (hoje em dia dizer sexo oposto é meio brega, então ficaremos apenas com sexo), primeiro amor aos treze, primeira vez aos dezesseis, primeiro relacionamento “sério” aos dezoito. Não restam muitas opções após isso, o que explica, muitos “conhecidos” que se casaram com namoradinhas de infância.

Acontece que o amor sempre foi minha massa de modelar as coisas que eu queria. De vez em quando encontro historias no meu caderno de poemas toscos que hoje parecem meus sentimentos mais fortes. E como uma criança pode saber o que esta escrevendo? Ou melhor, “o que esta sentindo”? Eu me acostumei desde muito cedo a interligar as coisas, cultura pop a cada pessoa que me instigava. Deve ser esta a razão pela qual nunca desisto de ninguém, porque desistir delas significa negar uma parte de mim.