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The Boatman's Call


A porta do elevador se fechou, eu desabei com o prédio. Mentira, o prédio continuou no seu lugar, com seu pé direito alto, eu não, há dias que meu pé favorito é o esquerdo. Arrastei-me até o quarto, o peso da minha cabeça afunda meu corpo ali. Não quis ver a decepção no meu rosto, não quis ver o meu amor morto ali. Lacunas sobre quem você era, o que disse desde o inicio, sobre querer saber mais. Nada, sou um mentiroso e só enxergo meus próprios deleites. Ok, isso não é verdade, mas adoraria que fosse pois ai então nossas discussões acabariam. Enxuguei as lagrimas e ainda haviam varias, mas eu não queria nenhuma delas, eu só deveria dormir, há dias é o que faço, dormir, você não me toca e não me quer. Só para constar, passei nossa ultima noite tendo ciúmes dos outros casais que ali estavam, que se abraçavam e sentiam necessidade da pele do outro. Enquanto eu penso, vou fazendo de conta que isso não me dói, troco o disco, aquele sobre o fim do relacionamento entre polly e nick. Eu diria contemplador. Mal saberia este moço que menos de vinte quatro horas depois, estaria realmente no mesmo barco do amor, solidário a toda injustiça que possa haver num fim, inevitável. Há pouco mais de três meses escrevi uma canção sobre quando tudo da errado, era sua canção preferida, ironia, nos encontrarmos neste mesmo passo, nessa mesma valsa. Bem, é isso. Não sou nem um pouco altruísta, não sei seu poema preferido de cor e não te pedia mais que um beijo, um sim, um não. Da próxima, arrancarei minha língua e guardarei um recibo para cada passo que eu/você der.