É das helveticas que eles gostam mais.
Encontrar alguém por ai é como acertar na tipografia do trabalho, na escolha da fonte que combina com você. Há todo um preset mental sobre as coisas que gostamos e tudo roda em torno desta zona de conforto, a tipografia certa é como aquela camisa que te deixa confiante, não tem erro. A menos que alguém te pague pelo serviço, o padrão se mantem quase que de maneira inconsciente, de modo que é um bom desafio para auto estima tentar variar sempre que possível.
Eu tenho uma queda pelas fontes helvéticas, aquelas que ficam muito bem no preto, branco e vermelho - de preferência, unhas vermelhas. Na minha cabeça, fontes helveticas possuem uma classe natural, um charme que praticamente sensualiza com o papel branco. É triste pensar que a grande maioria das pessoas deste mundo estejam olhando para elas neste momento e só consigam ver uma arial comum, uma letra A com as pernas abertas.
Quando procuro diversão (ou sarna pra coçar) arrisco flertes com fontes de impacto, fontes com senso de humor, que inspiram variação de cores, fontes que sonham em um dia viver no leste europeu.
Todo homem tem sua propria comic sans, aquele perigo com o qual não é aconselhável flertar, mas você continua tentando mais pelo desafio que move tudo pra frente do que pela intenção de manter um leque de opções em aberto. Até porque você bem sabe que, la no fundo, só uma helvetica é que te satisfaz.
