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Se você anda muito pelo mesmo lugar começa inconscientemente a perceber traços particulares do caminho que você faz. O problema é que você começa a achar que as pessoas que você encontra por ai tambem te notam, te reconhecem e você passa a fazer parte do lugar assim como os mendigos e os pombos.


Com alguma freqüência ando pelo centro da cidade sozinho as duas, três, quatro da manhã e encontro muitas pessoas no mesmo processo que o meu. Andar pra casa depois de um show ruim ou de uma noite de bar ruim é didático e redentor, grande parte do que escrevo neste blog surge a partir de mais ou menos dois quilômetros de caminhada. É mais ou menos como aquelas pessoas que se queimam com cigarro porque a dor libera um barato no corpo e faz com que pelo menos naquele momento a coisa ruim desapareça da cabeça. É o que eu chamo de "A fina arte de testar a sorte e esquecer as coisas ruins".


Existe uma manha para não ser incomodado quando se anda sozinho de madrugada: 1. fale sozinho e não olhe para os lados. 2. mantenha sua caminhada em 120 passos por minutos. 120 passos equivalem a 120bpms e é um tempo perfeito para uma canção.

A manha três é nunca ter nada q interesse a um marginal, mas acho meio irrelevante essa informação já que na maioria das vezes saímos de casa com nossas melhores roupas e nossos melhores sorrisos. A verdade é que quem anda sozinho por ai não sabe exatamente o que está fazendo ou sabe e faz exatamente o que os russos faziam com o tambor do revolver e uma única bala – testando a sorte. Mas qualquer coisa é melhor do que entrar em casa pior do que saiu.